SOJA: Guerra comercial ganha força e Chicago cai forte

    Porto Alegre, 23 de agosto de 2019 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais baixos. A intensificação da guerra comercial entre China e Estados Unidos pressionou o mercado.

   A China vai adotar tarifas de importação ao equivalente a US$ 75 bilhões em produtos dos Estados Unidos para retaliar a decisão do governo dos Estados Unidos de sobretaxar cerca de US$ 300 bilhões em produtos chineses a partir de setembro. Segundo o Ministério de Finanças da China, as tarifas serão aplicadas em duas etapas: a primeira em 1 de setembro e a segunda em 15 de dezembro – as mesmas datas em que as tarifas aos produtos chineses anunciadas pelos Estados Unidos entrarão em vigor.

   Em contrapartida, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que irá responder às últimas tarifas impostas pela China nesta tarde. “Não precisamos da China e ficaremos bem melhor sem ela”, afirmou ele em sua conta do Twitter. Segundo ele, “a China roubou trilhões de dólares durante anos dos Estados Unidos. Eles nos roubaram o equivalente a milhares de bilhões de dólares em propriedade intelectual todo ano e querem continuar”.

   Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 12,75 centavos de dólar, ou 1,48%, em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,43 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 8,56  por bushel, com perda de 12,25 centavos de dólar por bushel, ou 1,41%.

    Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com baixa de US$ 3,80 ou 1,29% a US$ 289,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 28,34 centavos de dólar, com perda de 0,20 centavo ou 0,7%.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS