SOJA: Guerra comercial e clima no Brasil e EUA centram atenções – SAFRAS

    Porto Alegre, 27 de setembro de 2019 – Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na próxima semana. As dicas são do analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque:

– Os players mantêm as atenções centralizadas na guerra comercial entre EUA e China enquanto especula sobre novas vendas de soja norte-americana para os chineses. O clima sobre o cinturão produtor norte-americano para o início da colheita e no Brasil para o avanço do plantio também chamam a atenção.

– Os últimos dias foram marcados pela continuidade dos anúncios de vendas de soja dos EUA para a China, conforme o mercado esperava, mas o acumulado não chegou a animar Chicago. No acumulado da semana, 967 mil toneladas de soja norte-americana foram compradas pelos chineses.

– Rumores indicavam que até 3 milhões de toneladas poderiam ser compradas por empresas chinesas. Tais rumores começaram após a China anunciar que estava isentando, momentaneamente, algumas empresas para compras de soja americana, “retirando” o imposto de 30%. O mercado chegou a esboçar reação, mas não conseguiu superar a importante barreira de US$ 9,00 na primeira posição. Nos próximos dias, a tendência é que novas compras sejam anunciadas, e são necessários volumes maiores para que o mercado volte a ter algum fôlego.

– O mercado renovou as esperanças sobre as negociações comerciais entre EUA e China após este “gesto de boa vontade” dos chineses. Aparentemente, as conversas estão evoluindo nos bastidores. Atenção para novas notícias sobre isso.

– O mercado também avalia o clima nos EUA para o início dos trabalhos de colheita da nova safra, calculando o risco crescente de que atrasos nos trabalhos tragam problemas com o frio para as lavouras mais tardias. A safra norte-americana ainda não está totalmente definida, e novas perdas podem ocorrer.

– No Brasil, as atenções se voltam para o clima sobre os principais estados produtores. O retorno das chuvas é fundamental para que os trabalhos de plantio evoluam na faixa central do país. A variável “clima Brasil” começa a ganhar força.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS