SOJA: Em dia de USDA, Chicago tenta reação técnica, mas ganho é moderado

Porto Alegre, 12 de junho de 2018 – Os contratos futuros da soja negociados
na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços
em leve alta. O mercado tentou se recuperar tecnicamente, após seis sessões de
queda. O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)
ajudou a sustentar os preços durante o dia, mas a pressão fundamental limitou
uma reação mais consistente.

O relatório projetou estoques de passagem de soja americanos abaixo do
esperado, tanto para a atual como para a próxima temporada. A safra 2018/19
ficou inalterada na comparação com o mês anterior.

A produção 2018/19 foi mantida em 4,280 bilhões de bushels, o
equivalente a 119,48 milhões de toneladas. O mercado apostava em 4,293 bilhões
de bushels, ou 116,83 milhões de toneladas.

Os estoques finais em 2018/19 estão projetados em 385 milhões de bushels,
ou 10,477 milhões de toneladas. O mercado trabalhava com um número de 435
milhões de bushels, ou 11,84 milhões de toneladas. Em maio, a estimativa era
de 415 milhões de bushels ou 11,29 milhões de toneladas.

O USDA indica estimativa de exportação para 2017/18 de 2,29 bilhões de
bushels, contra 2,065 bilhões de maio. O esmagamento está estimado em 2
bilhões de bushels, contra 1,995 bilhão do mês anterior.

Em relação à temporada 2017/18, os estoques finais foram indicados em
505 milhões de bushels ou 13,74 milhões de bushels, abaixo da previsão de 523
milhões do mercado – 14,23 milhões de toneladas. No relatório anterior, o
número era de 530 milhões de bushels ou 14,42 milhões de toneladas.

O USDA projetou safra mundial de soja em 2017/18 de 336,7 milhões de
toneladas. No relatório anterior, o número era de 336,7 milhões. Os estoques
finais foram elevados de 92,16 milhões de toneladas para 92,49 milhões. O
mercado esperava por estoques finais de 91,2 milhões de toneladas.

A projeção do USDA aposta em safra americana de 119,52 milhões de
toneladas, sendo mantido o número de maio. Para o Brasil, a previsão é de uma
produção de 119 milhões de toneladas, contra 117 milhões de toneladas em
abril. O mercado previa número de 117,5 milhões de toneladas.

A previsão para a Argentina recuou de 39 milhões para 37 milhões de
toneladas. A estimativa do mercado era de 37,8 milhões. Pelo lado da demanda,
destaque para a manutenção da previsão das importações chinesas na casa de
97 milhões de toneladas.

Para a temporada 2018/19, o USDA estima safra mundial de 355,24 milhões,
contra 354,54 milhões do relatório anterior. Os estoques finais foram elevados
de 86,7 milhões para 87,02 milhões de toneladas. O mercado apostava em
número de 86,3 milhões de toneladas.

A safra americana foi mantida em 116,48 milhões de toneladas. Para o
Brasil, a previsão de produção foi elevada de 117 milhões para 118 milhões
de toneladas. A projeção para a Argentina foi mantida em 56 milhões de
toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de
15,00 centavos de dólar (1,59%), a US$ 9,53 3/4 por bushel. A posição agosto
teve cotação de US$ 9,59 por bushel, perda de 15,75 centavos de dólar, ou
1,61%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo caiu US$ 6,60 (1,84%), sendo
negociada a US$ 351,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em
julho fecharam a 30,58 centavos de dólar, ganho de 0,06 centavo ou 0,19%.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS