SOJA: Clima seco, piora das lavouras, atraso na colheita e disparada do trigo sustentam contratos em Chicago

São Paulo, 20 de setembro de 2022 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais altos. Depois de um início volátil, o mercado se firmou no território positivo, refletindo os dados divulgados ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O clima seco previsto para o Meio Oeste e o desempenho do trigo e do milho ajudaram na elevação.

O Departamento apontou lentidão na colheita da safra americana e queda nas condições das lavouras. O bom desempenho dos grãos vizinhos, principalmente do trigo, que disparou em meio as preocupações com o conflito na Ucrânia, completou o cenário positivo para os preços da oleaginosa.

Segundo o USDA, até 18 de setembro, 55% estavam entre boas e excelentes condições (o mercado esperava 56%), 30% em situação regular e 15% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 56%, 29% e 15%, respectivamente.

Foi divulgado também o relatório sobre a evolução colheita das lavouras de soja. Até 18 de setembro, a área colhida estava apontada em 3%. O mercado esperava 5%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 5%. A média é de 5%.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 17,50 centavos ou 1,19% a US$ 14,78 3/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 14,84 1/2 por bushel, com ganho de 17,00 centavos de dólar ou 1,15%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 10,10 ou 2,35% a US$ 439,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 65,91 centavos de dólar, com ganho de 0,75 centavo ou 1,15%.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2022 – Grupo CMA