SOJA: Chicago recua por clima e recuo nas conversas China-EUA

   Porto Alegre, 30 de julho de 2019 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais baixos. A previsão de clima favorável às lavouras americanas e sinais negativos sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China pressionaram o mercado.

    Os boletins indicam chuvas e temperaturas amenas para o cinturão produtor americano nos próximos dias. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de soja.

    Segundo o USDA, até 28 de julho, 54% estavam entre boas e excelentes condições, 33% em situação regular e 13% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 54%, 34% e 12%, respectivamente. O mercado esperava 54% das lavouras entre boas e excelentes condições.

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a negociação comercial com a China pode se tornar ainda mais dura se o governo do país asiático decidir esperar as eleições presidenciais do próximo ano, no mesmo dia em que representantes comerciais de ambos os países se encontram em Xangai para discutir um acordo comercial.

   “A China está indo muito mal, o pior ano em 27 – e deve começar a comprar nossos produtos agrícolas agora – não há sinais de que eles vão fazer isso. Este é o problema com a China, eles simplesmente não vão adiante. Nossa economia se tornou muito maior do que a economia chinesa nos últimos três anos”, disse em seu Twitter.

    Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 7,00 centavos de dólar por libra-peso ou 0,79%, a US$ 8,78 3/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 8,96 3/4 por bushel, com perda de 7,50 centavos de dólar por libra-peso ou 0,82%.

    Nos subprodutos, a posição agosto do farelo fechou com baixa de US$ 3,90 ou 1,28% a US$ 300,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 28,31 centavos de dólar, baixa de 0,12 centavo, ou 0,42% em relação ao fechamento anterior.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS