MERCADO: Soja tem dia de preços melhores no Brasil, com maior movimentação

   Porto Alegre, 11 de março de 2020 – O mercado brasileiro de soja apresentou preços mais altos nesta quarta-feira, sustentados pela subida do dólar. O dia também foi de melhor movimentação nos negócios, com comercialização envolvendo mais de 600 mil toneladas no total reportado, sendo em torno de 200 mil toneladas somente no Mato Grosso, cerca de 70 mil toneladas em Minas Gerais, 50 mil toneladas em Goiás, 200 mil toneladas no Paraná e 100 mil toneladas no Rio Grande do Sul.

    Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 89,00 para R$ 89,50. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 88,50 para R$ 89,00. No porto de Rio Grande, o preço se manteve em R$ 93,50.

    Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 84,50 para R$ 86,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca passou de R$ 92,00 para R$ 93,50.

   Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 81,00 para R$ 82,00 a saca. Em Dourados (MS), a cotação seguiu passou de R$ 79,00 para R$ 79,50. Em Rio Verde (GO), a saca avançou de R$ 79,00 para R$ 79,50.

     Chicago

    Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam hoje com preços em baixa. O mercado chegou a operar no território positivo, repercutindo vendas de 194 mil toneladas de soja dos Estados Unidos a destinos não revelados.

   Contudo a oleaginosa perdeu força e reverteu para o território negativo após a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter passado a considerar o surto de coronavírus como uma pandemia em função do aumento dos casos e do número de países afetados pelo surto, disse o diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante uma entrevista coletiva.

   “Esperamos que o número de casos, mortes e países afetados aumente ainda mais. A OMS está avaliando o surto e está profundamente preocupada pelo nível alarmante de disseminação e de inação. O Covid-19 pode ser caracterizado como pandemia”, disse ele.

    Fatores como a queda do petróleo, a expectativa de uma ampla safra sul-americana e o temor de desaquecimento da economia mundial por conta do coronavírus também pressionaram os negócios.

   Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com desvalorização de 3,00 centavos de dólar, ou 0,34%, em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,73 3/4 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 8,80 1/2 por bushel, retração de 3,75 centavos de dólar, ou 0,42% em relação ao fechamento anterior.

    Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 0,30, ou 0,09%, a US$ 301,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 27,53 centavos de dólar, perda de 0,14 centavo ou 0,50% na comparação com o fechamento anterior.

     Câmbio

    O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 1,57%, sendo negociado a R$ 4,7200 para venda e a R$ 4,7180 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,6560 e a máxima de R$ 4,7590.

     Agenda de quinta

—–Quinta-feira (12/03)

– Eurozona:  A produção industrial de janeiro será publicada às 7h pela Eurostat.

– Eurozona:  A decisão de política monetária será publicada às 9h45 pelo Banco Central Europeu (BCE).

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (13/03)

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Dados de colheita da soja no Brasil – SAFRAS & Mercado, na parte da tarde.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS