MERCADO: Soja tem dia de lentidão na abertura da semana

Porto Alegre, 13 de agosto de 2018 – O mercado brasileiro de soja teve um
dia de poucos negócios e preços predominantemente mais altos. A alta
combinada do dólar e de Chicago ajudou a sustentar as cotações, mas os
operadores seguiram cautelosos ainda refletindo a queda acentuada da sexta em
Chicago.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 82,00. Na região das
Missões, a cotação subiu de R$ 80,50 para R$ 81,50. No porto de Rio Grande,
as cotações estabilizaram em R$ 88,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço apresentou valorização, passando de R$
82,00 para R$ 83,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$
88,00 para R$ 89,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca avançou de R$ 75,50 para R$ 76,00. Em
Dourados (MS), a cotação passou de R$ 78,00 para R$ 79,00. Em Rio Verde
(GO), a saca ficou em R$ 77,00.

Exportações

As exportações de soja em grão do Brasil renderam US$ 1,073 bilhão em
agosto (10 dias úteis), com média diária de US$ 134,1 milhões. A quantidade
total exportada pelo país no período chegou a 2,712 milhões de toneladas, com
média diária de 339 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$
395,60.

Na comparação entre a média diária de agosto e julho, houve uma baixa
de 27,3% no valor exportado e de 26,8% no volume embarcado. O preço caiu 1%.
Na comparação com agosto de 2017, houve elevação de 37,9% na receita, de
31% no volume e alta de 5,3% no preço.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em alta, revertendo as perdas
iniciais, que esbarraram em 1% de desvalorização.

O mercado ainda sentiu o efeito do relatório baixista divulgado na
sexta-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Mas
depois de cair mais de 5%, o mercado encontrou espaço para reagir, com base
na venda de 142,5 mil toneladas de soja americana para o México, anunciada na
parte da manhã.

Na sexta, o mercado foi surpreendido pelos números do USDA. O Departamento
elevou as suas estimativas de safra e estoques americanas e também indicou
carryover mundial acima do esperado pelo mercado, o que deflagrou um
movimento de vendas por parte de fundos e especuladores.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de
6,50 centavos de dólar (0,76%), a US$ 8,57 1/4 por bushel. A posição novembro
teve cotação de US$ 8,68 3/4 por bushel, ganho de 7,00 centavos (0,81%)
centavos de dólar em relação ao fechamento anterior.

Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com ganho de US$
5,80 (1,8%), sendo negociada a US$ 327,50 por tonelada. No óleo, os contratos
com vencimento em setembro fecharam a 28,36 centavos de dólar, com alta de
0,26 centavo ou 0,92%.

Câmbio

O dólar comercial fechou a negociação em alta de 0,87%, cotado a R$
3,8960 para compra e a R$ 3,8980 para venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,8790 e a máxima de R$ 3,9300.

Agenda de terça

– Japão: a leitura revisada da produção industrial de junho será publicada
na madrugada pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria.

– China: a produção industrial de julho será publicada na noite anterior pelo
departamento de estatísticas.

– Alemanha: a versão revisada do índice de preços ao consumidor de julho
será publicada às 3h pelo Destatis.

– Alemanha: a leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo
trimestre de 2018 será publicada às 3h pelo Destatis.

– Reino Unido: a taxa de desemprego do trimestre até junho será publicada às
5h30 pelo departamento de estatísticas.

– Eurozona: a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo
trimestre de 2018 será publicada às 6h pela Eurostat.

– Eurozona: a produção industrial de junho será publicada às 6h pela
Eurostat.

– Condições das lavouras dos Paraná – Deral, início do dia.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS