MERCADO SOJA: Brasil tem dia travado e preços de estáveis a mais baixos

   Porto Alegre, 30 de março de 2023 – O mercado brasileiro de soja teve um dia travado. À exceção de Paranaguá, que registrou bons volumes de negócios, as demais regiões não tiveram movimentação. Os preços ficaram de estáveis a mais baixos. Ainda que os prêmios tenham melhorado, o dólar e a Bolsa de Chicago caíram.

   Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 150,00. Na região das Missões, a cotação estabilizou em R$ 149,00. No Porto de Rio Grande, o preço permaneceu em R$ 158,00.

   Em Cascavel, no Paraná, o preço se manteve em R$ 143,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca ficou em R$ 155,00.

   Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 135,00 para R$ 136,00. Em Dourados (MS), a cotação não variou: R$ 141,00. Em Rio Verde (GO), a saca, inalterada, foi cotada em R$ 135,00.

Chicago

   Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos. Na véspera da divulgação do relatório de intenção de plantio nos Estados Unidos pelo Departamento de Agricultura americano, o mercado realizou lucros, após quatro sessões de alta. As fracas exportações semanais ajudaram na correção.

   O USDA deverá apontar elevação na área a ser plantada com soja naquele país em 2023 na comparação com o ano anterior. O relatório de intenção de plantio do USDA será divulgado nesta sexta, às 13hs. A previsão deverá indicar área maior que a estimativa divulgada em fevereiro, durante o Fórum Anual do Departamento.

   Pesquisa realizada pela agência Dow Jones indica que o mercado está apostando em número de 88,235 milhões de acres. No ano passado, os americanos semearam 87,45 milhões de acres. A média das projeções oscila entre 87,4 milhões e 89,6 milhões de acres.

   Se a expectativa do mercado for confirmada, o USDA vai indicar um número superior aos 87,5 milhões de acres indicados durante o Fórum. A área de soja deverá ficar abaixo da de milho, projetada em 90,85 milhões de acres, contra 88,58 milhões do ano anterior.

   Também na sexta será divulgado o relatório com a posição dos estoques americanos em 1º de março. O mercado espera estoques em 1,753 bilhão de bushels. Em igual período do ano passado, o número era de 1,932 bilhão. Em dezembro, os estoques estavam em 3,022 bilhões de bushels.

   As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2022/23, com início em 1º de setembro, ficaram em 348.200 toneladas na semana encerrada em 23 de março. A China liderou as importações, com 153.000 toneladas. Para a temporada 2023/2024, as vendas totalizaram 3,9 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 300 mil e 800 mil toneladas.

   Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 2,75 centavos ou 0,18% a US$ 14,74 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,47 por bushel, com perda de 3,75 centavos de dólar ou 0,25%.

   Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 1,70 ou 0,37% a US$ 459,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 54,37 centavos de dólar, com perda de 1,01 centavo ou 1,82%.

Câmbio

   O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,74%, sendo negociado a R$ 5,0970 para venda e a R$ 5,0950 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0750 e a máxima de R$ 5,1600.

Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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