MERCADO: Preços da soja sobem no Brasil, acompanhando dólar

    Porto Alegre, 12 de abril de 2019 – Os preços da soja subiram nas principais praças do país nesta sexta, acompanhando a elevação do dólar frente a outras moedas e a estabilidade de Chicago. Os produtores aproveitaram para retornar ao mercado. Houve registro de negócios envolvendo 15 mil toneladas em Minas Gerais, 10 mil em Goiás e 5 mil toneladas em São Paulo.

    Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 72,00 para R$ 72,50. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 71,50 para R$ 72,00 a saca. No porto de Rio Grande, preço passou de R$ 77,00 para R$ 77,50.

    Em Cascavel, no Paraná, o preço avançou de R$ 71,50 para R$ 72,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 76,50 para R$ 77,00.

   Em Rondonópolis (MT), a saca seguiu em R$ 68,50. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 68,50 para R$ 69,50. Em Rio Verde (GO), a saca avançou de R$ 68,00 para R$ 69,00.

     Colheita

   A colheita de soja atinge 89,1% da área estimada, conforme levantamento de SAFRAS & Mercado, com dados recolhidos até 12 de abril. Houve avanço de 6 pontos percentuais no comparativo com a semana anterior, quando a colheita era de 83,1%. Os trabalhos estão adiantados em relação a igual período do ano passado (86,6%), e também frente à média para o período, de 85,3%.

     Chicago

    Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços perto da estabilidade. O mercado tentou se recuperar tecnicamente das perdas da semana, mas o movimento não encontrou sustentação.

   O cenário fundamental inviabilizou a reação. Os estoques americanos seguem elevados e a demanda por parte da China fraca, mantendo os agentes em uma postura cautelosa.

    As importações de soja em grão da China totalizaram 4,92 milhões de toneladas em março, com retração de 13% sobre igual mês de 2018. Os dados são da Administração Geral de Alfândegas e Portos da China e representam números finais.

   No acumulado do ano, as importações somam 16,75 milhões de toneladas, decréscimo de 14% em relação a igual período do ano passado. O país asiático é o maior comprador de soja do mundo. Os principais abastecedores dos chineses são Estados Unidos, Brasil e Argentina.

    Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam estáveis, a US$8,95 1/4 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 9,08 3/4 por bushel, também inalterado.

    Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 0,70 ou 0,22%, sendo negociada a US$ 307,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 28,95 centavos de dólar, com recuo de 0,03 centavo ou 0,1%.

     Câmbio

    O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,85%, negociado a R$ 3,8880 para a compra e a R$ 3,8900 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a máxima de R$ 3,9080 e a mínima de R$ 3,8600.

Na semana, o dólar acumulou alta de 0,43% contra o real.

     Agenda de segunda

– A Fundação Getulio Vargas (FGV) diulga às 8h os dados do Indice Geral de Preços – 10 (IGP-10) referentes a abril.

– Boletim Focus, com projeções do mercado financeiro para a economia brasileira – Banco Central (BC), a partir das 8hs.

– Inspeções de exportação semanal dos EUA – USDA, 12hs.

– Esmagamento de soja dos Estados Unidos em março – NOPA, 12hs.

– Balança comercial das duas primeiras semanas de abril – MDIC, 15hs.

– Estoques de café dos Estados Unidos em março – GCA, 16hs.

– Condições das lavouras nos Estados Unidos – USDA, 17hs.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS