MERCADO: Chicago dispara e sustenta preços da soja no Brasil

   Porto Alegre, 11 de setembro de 2020 – A combinação de forte alta em Chicago e de valorização do dólar sustentou as cotações da soja no mercado brasileiro nesta sexta. Mas os negócios seguiram limitados. As indústrias marcaram forte presença em algumas regiões, encontrando produtor retraído, o que resultou em cenário distorcido para as cotações.

   Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 139,00 para R$ 140,00. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 138,00 para R$ 139,00. No porto de Rio Grande, o preço recuou de R$ 137,00 para R$ 138,00.

    Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 132,00 para R$ 134,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 135,00 para R$ 136,00.

   Em Rondonópolis (MT), a saca permaneceu em R$ 134,00. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 133,00 para R$ 134,00. Em Rio Verde (GO), a saca saltou de R$ 130,00 para R$ 140,00.

     Chicago

    Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços em forte alta. Esta foi a décima terceira queda nas últimas quatorze sessões. Na semana, a posição novembro para o grão acumulou alta de 2,89%.

   O mercado foi sustentado pela boa demanda pela soja norte-americana, com o relatório exportações semanais bem acima do esperado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou, também, vendas para a China e destinos não revelados. O relatório mensal de oferta e demanda do USDA, apesar de altista, trouxe dados já esperados pelo mercado.

    As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2020/21, com início em 1 de setembro, ficaram em 3.161.800 toneladas na semana encerrada em 3 de setembro. A China liderou as importações, com 1.592.900 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 1 milhão e 2 milhões de toneladas. As informações foram divulgadas pelo USDA.

    O USDA indicou que a safra norte-americana de soja deverá ficar em 4,313 bilhões de bushels em 2020/21, o equivalente a 117,4 milhões de toneladas, abaixo da estimativa anterior de 4,425 bilhões ou 120,43 milhões. O mercado apostava em safra de 4,286 bilhões ou 116,64 milhões de toneladas.

   Os estoques finais estão estimados em 460 milhões de bushels ou 12,52 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 461 milhões ou 12,55 milhões de toneladas. No relatório anterior, os estoques estavam projetados em 610 milhões de bushels – 16,6 milhões de toneladas.

   Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 18,50 centavos ou 1,89% em relação ao fechamento anterior, a US$ 9,96 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 9,99 1/4 por bushel, com ganho de 17,75 centavo ou 1,8%.

   Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 7,10 ou 2,23% a US$ 324,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 33,71 centavos de dólar, valorização de 0,51 centavo ou 1,53%.

     Câmbio

    O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,30%, sendo negociado a R$ 5,3360 para venda e a R$ 5,3340 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2610 e a máxima de R$ 5,3500. Na semana, o dólar registrou alta de 0,53%.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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