Dólar volta a cair e trava negócios com soja no Brasil

Porto Alegre, 12 de março de 2019 – A terceira sessão consecutiva de
queda do dólar comercial voltou a prejudicar a comercialização de soja no
mercado brasileiro. Não houve registro de negócios e os preços oscilaram de
forma regionalizada, subindo em algumas praças devido à reação dos contratos
futuros em Chicago.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos baixou de R$ 73,00 para R$ 72,00.
Na região das Missões, a cotação caiu de R$ 72,50 para R$ 71,50 a saca. No
porto de Rio Grande, preços recuaram de R$ 78,00 para R$ 77,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 72,00 para R$ 72,50. No porto
de Paranaguá (PR), a saca seguiu em R$ 77,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca avançou de R$ 68,50 para R$ 69,00. Em
Dourados (MS), a cotação permaneceu em R$ 68,50. Em Rio Verde (GO), a saca
baixou de R$ 68,50 para R$ 68,00.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais altos. O dia foi de
recuperação técnica. O corte na estimativa de safra de soja do Brasil pela
Conab e a expectativa de avanço na negociação comercial entre China e Estados
Unidos contribuíram para a elevação.

A produção brasileira de soja em 2018/19 deverá ficar 113,459 milhões
de toneladas, segundo o sexto levantamento para a safra brasileira de grãos da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A previsão representa um recuo
de 4,9% sobre a temporada anterior, quando foram colhidas 119,281 milhões de
toneladas.

No relatório de fevereiro, a produção estava estimada em 115,343
milhões de toneladas. O corte foi determinado pela estiagem que atingiu alguns
estados produtores brasileiros, comprometendo o potencial produtivo da atual
safra.

O representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, disse
nesta terça-feira esperar que os EUA e a China estejam nas semanas finais de
negociações para assegurar um acordo que amenize a disputa comercial entre as
duas maiores economias globais.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 7,00
centavos de dólar ou 0,78%, a US$ 8,97 por bushel. A posição julho teve
cotação de US$ 9,11 por bushel, ganho de 7,00 centavos ou 0,77%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 1,70 ou
0,56%, sendo negociada a US$ 303,00 por tonelada. No óleo, os contratos com
vencimento em maio fecharam a 29,99 centavos de dólar, com ganho de 0,35
centavo ou 1,18%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,62%, negociado a R$
3,8160 para a compra e a R$ 3,8180 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a máxima de R$ 3,8450 e a mínima de R$ 3,8030.

Agenda de quarta

– Eurozona: A produção industrial de janeiro será publicada às 7h pela
Eurostat.

– O IBGE divulga às 9h os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção
Industrial referentes a janeiro.

– EUA: O índice de preços ao produtor de fevereiro será publicado às 9h30
pelo Departamento do Trabalho.

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana
passada será publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS