Depois de início firme, virada do dólar trava negócios com soja

Porto Alegre, 28 de março de 2019 – O mercado brasileiro de soja
encerrou o dia em ritmo lento e com preços mistos. O comportamento do
mercado esteve vinculado ao câmbio. Enquanto o dólar subiu, os preços
estiveram firmes e houve registro moderado de negócios. Mas a partir da virada
da moeda americana, os agentes saíram do mercado e a comercialização travou.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 74,50 para R$ 74,00. Na
região das Missões, a cotação baixou de R$ 74,00 para R$ 73,50 a saca. No
porto de Rio Grande, preço recuou de R$ 79,00 para R$ 78,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 73,50 para R$ 72,50. No
porto de Paranaguá (PR), a saca recuou de R$ 79,00 para R$ 78,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca estabilizou em R$ 70,00. Em Dourados (MS), a
cotação passou de R$ 71,00 para R$ 69,00. Em Rio Verde (GO), a saca
permaneceu em R$ 70,00.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam a quinta-feira com preços perto da estabilidade. As primeiras
posições tiveram leve alta e os contratos com vencimentos mais distantes
caíram.

Na véspera dos dados a serem divulgados pelo Departamento de Agricultura
dos Estados Unidos (USDA) de intenção de plantio e estoques trimestrais, o
mercado teve um dia bastante volátil, com agentes preferindo posicionar suas
carteiras. Mercado também aguarda novidades vindas de Pequim, onde
representantes da China e dos Estados Unidos conversam e buscam um acordo
comercial.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à
temporada 2018/19, com início em 1 de outubro, ficaram em 181.800 toneladas
na semana encerrada em 21 de março. Representa uma queda de 52% frente à
semana anterior e fica 85% abaixo da média das últimas quatro semanas. O
maior comprador foi o Egito, com 123.600 toneladas.

Para a temporada 2019/20, ficaram em 17.100 toneladas. Os analistas
esperavam exportações entre 600 mil a 1,6 milhão de toneladas. As
informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (USDA).

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 2,00
centavos de dólar ou 0,22%, a US$ 8,89 1/2 por bushel. A posição julho teve
cotação de US$ 9,03 por bushel, ganho de 2,00 centavos ou 0,22%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 2,10 ou
0,68%, sendo negociada a US$ 306,50 por tonelada. No óleo, os contratos com
vencimento em maio fecharam a 28,63 centavos de dólar, com perda de 0,19
centavo ou 0,65%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com queda de 0,98%, sendo
negociado a R$ 3,9160 para venda e a R$ 3,9140 para compra. Durante o dia, a
moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,9050 e a máxima de R$
4,0180.

Agenda de sexta-feira

– Japão: A taxa de desemprego de janeiro será publicada durante a noite pelo
Ministério de Assuntos Internos e Comunicação.

– Japão: A leitura preliminar da produção industrial de março será
publicada durante a noite pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria.

– Alemanha: A taxa de desemprego de fevereiro será publicada às 6h pela
agência federal de emprego.

– Reino Unido: A versão revisada do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto
trimestre será publicada às 6h30 pelo departamento nacional de estatísticas
do país.

– Estimativas para safra de soja e milho do Brasil em 2018/19 – SAFRAS &
Mercado, 12hs.

– Intenção de plantio nos Estados Unidos e estoques trimestrais em 1 de
março – USDA, 13hs.

– Dados sobre a evolução das lavouras do Mato Grosso – Imea, na parte da
tarde.

– Avanço da colheita de soja no Brasil – SAFRAS, na parte da tarde.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS