Demanda localizada e prêmios seguram preços da soja

Porto Alegre, 28 de janeiro de 2019 – O mercado brasileiro de soja teve
um dia praticamente parado e de preços entre estáveis e mais altos. Chicago e
dólar caíram e a sustentação se deu pela retração do produtor, demanda
localizada em algumas regiões e elevação nos prêmios de exportação.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 76,50. Na região das
Missões, a cotação permaneceu em R$ 74,50 a saca. No porto de Rio Grande,
os preços estabilizaram em R$ 78,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço ficou em R$ 72,00 a saca. No porto de
Paranaguá (PR), a saca permaneceu em R$ 78,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 65,50 para R$ 66,00. Em Dourados
(MS), a cotação avançou de R$ 67,00 para R$ 68,00. Em Rio Verde (GO), a saca
seguiu em R$ 70,50.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. Após atingir o menor
nível em duas semanas na sexta, o mercado teve um dia de realização de
lucros.

O fraco desempenho de outros mercados, principalmente o petróleo, em meio
à maior aversão ao risco no cenário financeiro, e a previsão de chuvas para
as regiões produtoras do Brasil completaram o cenário negativo neste início
de semana.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 929.417
toneladas na semana encerrada no dia 24 de janeiro, conforme relatório semanal
divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O
mercado esperava o número em torno de 1,2 milhão de toneladas.

Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 1.132.163 toneladas. No
ano passado, em igual período, o total fora de 1.132.112 toneladas. No
acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em
20.459.989 toneladas, contra 33.407.868 toneladas no acumulado do ano-safra
anterior.

Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de
2,00 centavos de dólar ou 0,21%, a US$ 9,23 1/4 por bushel. A posição maio
teve cotação de US$ 9,37 por bushel, perda de 2,00 centavos de dólar em
relação ao fechamento anterior ou 0,21%.

Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 1,70
ou 0,54%, sendo negociada a US$ 312,20 por tonelada. No óleo, os contratos
com vencimento em março fecharam a 30,30 centavos de dólar, com alta de 0,27
centavo ou 0,89%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,40%, negociado a R$
3,7660 para venda e a R$ 3,7640 para compra. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,7530 e a máxima de R$ 3,7890.

Agenda de terça

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Paraná – Deral, no início do dia.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS