Alta do dólar compensa queda de Chicago e soja tem dia lento

Porto Alegre, 27 de março de 2019 – O mercado brasileiro de soja teve um
dia de poucos negócios e de preços praticamente inalterados. A forte alta do
dólar foi compensada pela queda acentuada de Chicago. Limitando a
movimentação.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos ficou em R$ 74,50. Na região das
Missões, a cotação seguiu em R$ 74,00 a saca. No porto de Rio Grande, preços
estabilizou em R$ 79,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 73,00 para R$ 73,50. No porto
de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 78,50 para R$ 79,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 69,50 para R$ 70,00. Em Dourados
(MS), a cotação passou de R$ 69,50 para R$ 71,00. Em Rio Verde (GO), a saca
permaneceu em R$ 70,00.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam a terça-feira com preços acentuadamente mais baixos. Maio
atingiu o menor nível em quatro meses, pressionada pela falta de novidades nas
conversas comerciais entre China e Estados Unidos.

O avanço na colheita da safra sul-americana e a expectativa em torno do
relatório de intenção de plantio e estoques trimestrais dos Estados Unidos
completaram o cenário de pressão. Além disso, a fraqueza do dólar frente ao
real sugere aumento nas vendas de soja por parte do Brasil.

Representantes dos Estados Unidos e da China se reúnem a partir de amanhã
em Pequim para tentar encontrar uma solução para o impasse comercial entre os
dois países. As incertezas sobre os resultados do encontro fizeram com que
fundos e especuladores se desfizessem de posições.

Em relação aos dados que serão divulgados na sexta pelo Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o sentimento é de baixa. Apesar da
aposta de queda na área a ser plantada com soja, a semeadura deverá ser maior
do que o esperado inicialmente. O excesso de chuvas no cinturão produtor
americano tende a transferir áreas do milho para a soja.

Para completar, a previsão do mercado é de estoques elevados na posição
1 de março. A projeção é que o relatório indique o maior volume
armazenado na história para o período.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de
13,25 centavos de dólar ou 1,47%, a US$ 8,87 1/2 por bushel. A posição julho
teve cotação de US$ 9,01 por bushel, perda de 13,25 centavos ou 1,44%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 6,60 ou
2,12%, sendo negociada a US$ 304,40 por tonelada. No óleo, os contratos com
vencimento em maio fecharam a 28,82 centavos de dólar, com ganho de 0,17
centavo ou 0,59%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 2,27%, negociado a R$
3,9530 para a compra e a R$ 3,9550 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a máxima de R$ 3,9620 e a mínima de R$ 3,9060.

Agenda de quinta

– Alemanha: A leitura preliminar do índice de preços ao consumidor de março
será publicada às 10h pelo Destatis.

– A FGV divulga às 8h os dados do Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M)
referentes a março.

– EUA: A terceira e última leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto
trimestre de 2018 será publicada às 9h30 pelo Departamento do Comércio.

– Dados semanais sobre a safra de grãos e café do Paraná (Deral), na parte da
manhã.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de
Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS