SEMANA: Paridade de exportação e safrinha pressionaram preços do milho

    Porto Alegre, 26 de julho de 2019 – O mercado brasileiro de milho teve uma semana de cotações mais baixas. O mercado foi pressionado pela paridade de exportação e pela safrinha “gigante” que vai trazendo efeito sobre as cotações, como destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

    Com as recentes quedas do milho na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os preços nos portos para a exportação recuam e afetam toda a formação de cotações interna. Em Chicago, a fraca demanda tem sido um fator baixista para o milho. “Os preços internos seguem fracos buscando a paridade de exportação”, aponta Iglesias.

    Os problemas de armazenamento no Mato Grosso e Goiás pesam também sobre os preços, com falta de espaço nos armazéns. Isso traz mais milho para o mercado, sem lugar para estocar o cereal. O viés segue baixista, ressalta Iglesias, com o mercado interno dependendo da paridade de exportação e com a safrinha pesando sobre os preços.

    No balanço semanal, as cotações caíram em Campinas/CIF de R$ 38,50 a saca de 60 quilos para R$ 37,00  na base de venda. Já na mogiana paulista, o preço caiu de R$ 36,50 para R$ 34,50. Em Minas Gerais, em Uberlândia, o valor seguiu em R$ 34,00 a saca.

   Em Cascavel, no Paraná, o preço baixou no comparativo semanal de R$ 34,00 para R$ 33,00 a saca na venda. Já no Rio Grande do Sul, o preço caiu em Erechim de R$ 39,50 a saca para R$ 39,00.

   Em Rio Verde, Goiás, a cotação na venda para o milho caiu de R$ 30,50 para R$ 28,00 a saca. E, em Rondonópolis, Mato Grosso, o preço baixou de R$ 29,00 para R$ 28,50 a saca na venda.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS