Porto Alegre, 12 de agosto de 2022 – Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da SAFRAS Consultoria, Paulo Molinari.
– Relatório do USDA foi de neutro a baixista
– Neutro em função do corte da produtividade para 175,4 bushels/acre perto do esperado pelo mercado
– Baixista pois a perda de produção é pequena e levou os estoques para 35 milhões de toneladas, contra 37 milhões de toneladas da safra velha
– Também devido à elevação da safra da Ucrânia de 25 para 30 milhões de toneladas e aumento da previsão de exportações de 9 para 12,5 milhões de toneladas
– Levemente altista pelo corte de produção da Europa de 68 para 60 MT, volume que deve ser coberto pelo trigo para ração e por importações das Américas e da Ucrânia
– Setembro é mês de colheita nos EUA e a sazonalidade de baixa deverá ser um quadro normal
– Clima melhorando bastante no Meio-Oeste dos EUA com redução da onda de calor e aumento de chuvas
– Retenção por parte dos produtores vai segurando preços neste momento em boa parte do país
– Preços de porto entre R$ 88/90 devido a prêmios altos ajuda a manter a esta relação de firmeza entre a retenção no interior e a exportação
– Fator Europa já está nas exportações brasileiras, seja nos volumes de embarques seja nos prêmios, não há novidades do para o Brasil sobre a Europa
– China fora de qualquer compra de milho de origem brasileira, deverá se abastecer na Ucrânia, se precisar
– Exportações brasileiras indo bem, com 19 MT acumuladas entre fevereiro e setembro. O foco é 37 milhões de toneladas no ano. Se os produtores brasileiros venderem talvez a meta suba para 40 milhões de toneladas. Com retenção, não passaremos deste volume
– Paraguai também com produtores retendo e milho com ardido um pouco acima do normal
– Mercado interno se sustentando na retenção pelo produtor, o risco é uma pressão de venda concentrada mais à frente.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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