MONITOR MILHO: Sem acordo sobre frete, mercado deve seguir lento no Brasil

Porto Alegre, 29 de junho de 2018 – O mercado brasileiro de milho deve
encerrar a semana com uma movimentação limitada nos negócios e com um
indicativo de pressão nas cotações, por conta do avanço da colheita da
safrinha. O esperado acordo em relação ao tabelamento dos fretes não ocorreu
após encontro realizado ontem, o que tende a seguir prejudicando o escoamento
do cereal. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago opera em alta, se
recuperando estende as perdas da última sessão, em compasso para os
relatórios de área plantada e de estoques trimestrais na posição 1 de junho
que serão divulgados às 13h de hoje pelo Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em julho/18 opera a US$ 3,57 1/4 por bushel, alta de
3,00 centavos em relação ao fechamento anterior, ou +0,84%.

* O mercado opera em compasso de espera para os relatórios de área plantada e
de estoques trimestrais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, às
13 horas de hoje.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá indicar uma
área plantada norte-americana com milho de 88,372 milhões de acres, com recuo
sobre o ano anterior, de 90,167 milhões de acres, segundo analistas e traders
consultados por agências internacionais. A área deverá superar os 88,026
milhões de acres previstos no relatório de intenção de plantio, divulgado no
final de março.

O mercado aponta estoques de 5,263 bilhões de bushels na posição 1 de
junho. Em 1o de março, o estoque ficou em 8,888 bilhões e em junho do ano
passado os produtores tinham 5,229 bilhões de bushels armazenados.

* Ontem (28), a posição setembro de 2018 fechou a US$ 3,54 1/4 por bushel,
baixa de 7,50 centavos de dólar, ou -2,07%, em relação ao fechamento
anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com baixa de 0,33% a R$ 3,844.

INDICADORES FINANCEIROS

* As bolsas da Ásia fecharam em alta. Xangai, +2,21%. Tóquio, +0,15%.

* As bolsas na Europa operam em alta. Paris, +1,20%; Frankfurt, +1,18%; e
Londres, +0,76%.

* O petróleo opera em baixa. Agosto do WTI em NY: US$ 73,43 barril (-0,02%).

* O dólar opera misto. Euro,-0,73%; iene, +0,17%; libra-esterlina, -0,58%.

MERCADO

* O mercado brasileiro de milho teve uma quinta-feira de preços fracos. No
mercado disponível, o cenário ainda é de pressão de queda, aponta o analista
de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. “Os principais consumidores
do país não encontram grande dificuldade na aquisição de milho. O avanço da
colheita do milho safrinha nos próximos dias remete a um cenário de preços
ainda mais baixos. O impasse em torno do tabelamento do frete ainda limita a
atuação das tradings no mercado”, comenta.

* Nos portos de Santos e Paranaguá, o preço ficou entre R$ 38,00/39,50 a saca
de 60 quilos para entrega na safrinha na base de compra.

* No Paraná, a cotação ficou em R$ 33,00/34,50 a saca em Cascavel. Em São
Paulo, o preço esteve em R$ 35,00/35,50 a saca na Mogiana. Em Campinas CIF,
preço de R$ 37,00/37,50.

* No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 38,50/40,00 em Erechim. Em Minas
Gerais, preço em R$ 34,00/35,00 em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$
26,00/27,00 em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço ficou entre R$ 18,00/24,00 a
saca.

AGENDA

– Relatório de área plantada e estoques trimestrais dos EUA para soja, milho,
trigo e algodão – USDA, 13hs.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS