Porto Alegre, 23 de agosto de 2019 – Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na semana. As dicas são do analista da SAFRAS Consultoria, Fernando Henrique Iglesias.
– O mercado financeiro internacional se tornou ainda mais turbulento com o acirramento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China
– A China vai adotar tarifas de importação ao equivalente a US$ 75 bilhões em produtos dos Estados Unidos para retaliar a decisão do governo dos Estados Unidos de sobretaxar cerca de US$ 300 bilhões em produtos chineses a partir de setembro
– Os contratos de milho, em especial, são menos afetados por esse quadro, uma vez que a China não participa ativamente deste mercado
– O Crop Tour, do grupo Pro Farmer, segue em andamento, mantendo em foco a discussão sobre a produtividade média no Meio Oeste norte-americano
– Para Minnesota, o rendimento médio estimado para este ano foi de 170,37 bushels por acre contra os 173,00 bushels por acre projetados pelo USDA no último relatório de Oferta e Demanda. Para Iowa, a produtividade média do milho foi estimada em 182,83 bushels por acre contra os 191,00 bushels por acre do USDA.
– No mercado doméstico, a paridade de exportação ainda dita o ritmo das negociações domésticas. A movimentação cambial é o grande ponto de suporte no momento, impedindo que as cotações no porto cedam de maneira agressiva
– O fato é que a paridade cambial voltou a superar a marca de R$ 4,13 por dólar. Basicamente, o mercado reage com o acirramento das tensões entre EUA e
China
– As indicações nos portos foram posicionadas entre R$ 36/37 no decorrer da sexta-feira
– De qualquer maneira, as indicações vigentes não desencadeiam bom ritmo de negócios
– Os problemas de armazenamento seguem recorrentes no Centro-Oeste, ênfase para Goiás e Mato Grosso.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS