Milho tem perdas no Brasil com forte baixa na CBOT

    Porto Alegre, 01 de julho de 2019 – O mercado brasileiro de milho apresentou preços mais baixos nesta quinta-feira, refletindo as fortes perdas na Bolsa de Chicago (CBOT). Novamente, a paridade de exportação ditou o ritmo do mercado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a forte queda da CBOT levou a um quadro de redução sistemática dos preços nos portos. “Esse tipo de indicação tende a pressionar o mercado doméstico”, comenta. “Por sua vez, a colheita está em sua fase final no Centro-Oeste do país, e os problemas de armazenamento são bastante comuns, principalmente no Mato Grosso”, destaca, como outro fator baixista que traz mais oferta ao mercado.

    No Porto de Paranaguá, o preço ficou em R$ 35,70/38,00 a saca. Em Santos,o preço girou em torno de R$ 36,00/38,00 a saca.

   No Paraná, a cotação ficou em R$ 31,00/33,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 32,00/33,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 36,00/37,00 a saca.

    No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 38,50/39,50 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 33,00/34,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 27,50/29,50 a saca em Rio Verde, no disponível. Em Mato Grosso, preço ficou a R$ 27,00/28,00 a saca em Rondonópolis, para o disponível.

     Chicago

   A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços acentuadamente mais baixos. O mercado não consolidou a recuperação esboçada no início do dia, pelo contrário, estendeu as perdas de ontem, quando atingiu o pior nível em sete semanas, desde 11 de junho. A previsão de clima benéfico ao cinturão produtor norte-americano e a fraca demanda pelo grão estadunidense pesaram negativamente.

   As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2018/19, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 143.100 toneladas na semana encerrada em 25 de julho. Representa uma elevação de 18% frente à semana anterior e queda de 43% ante à média das últimas quatro semanas. O maior importador foi o México, com 145.000 toneladas. Para a temporada 2019/20, ficaram em 129.600 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 400 mil e 900 mil toneladas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

    Os contratos de milho com entrega em setembro de 2019 fecharam a US$ 3,92 3/4, baixa de 7,50 centavos de dólar, ou 1,87%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro de 2019 fechou a US$ 4,02 por bushel, recuo de 7,50 centavos de dólar, ou 1,82%, em relação ao fechamento anterior.

Câmbio

   O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,78%, sendo negociado a R$ 3,8460 para a compra e a R$ 3,8480 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a máxima de R$ 3,8610 e a mínima de R$ 3,8120.

      Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS