Milho tem alta acentuada em Chicago e preços avançam no Brasil

   Porto Alegre, 10 de setembro de 2019 – O mercado brasileiro de milho apresentou preços firmes, de estáveis a mais altos nesta terça-feira. A forte valorização do milho na Bolsa de Chicago garantiu sustentação às cotações nos portos e, por consequência, pela paridade de exportação, também internamente ao produtor.

   Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado apresentava “depressão” no início da semana. Mas, Chicago subiu repercutindo a piora das condições das lavouras, e houve “consequência direta em nova mudança da paridade de exportação”, afirmou.

   No Porto de Paranaguá, o preço ficou em R$ 36,50/38,00 a saca. Em Santos, o preço girou em torno de R$ 37,00/38,00 a saca.

   No Paraná, a cotação ficou em R$ 32,50/33,50 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 35,00/36,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 37,00/38,00 a saca.

    No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 38,50/39,50 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 34,00/36,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 28,00/30,00 a saca em Rio Verde, no disponível. Em Mato Grosso, preço ficou a R$ 27,00/29,00 a saca em Rondonópolis, para o disponível.

Chicago

    A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços acentuadamente mais altos. O mercado foi impulsionado pelo indicativo de piora nas condições das lavouras norte-americanas de milho, avaliando também as novas vendas do país ao México. Os preços se recuperaram dos piores níveis em quatro meses. A expectativa por corte na safra dos Estados Unidos no relatório de oferta e demanda do USDA também atuou positivamente.

   O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de milho. Segundo o USDA, até 8 de setembro, 55% estavam entre boas e excelentes condições, 31% em situação regular e 14% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os números eram de 58%, 29% e 13%, respectivamente. O mercado esperava índice de 58% das lavouras entre boas e excelentes condições. 

    Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 278.200 toneladas de milho ao México, para entrega na temporada 2019/20.

    Os contratos de milho com entrega em dezembro de 2019 fecharam a US$ 3,61 1/2, alta de 7,25 centavos de dólar, ou 2,04%, em relação ao fechamento anterior. A posição março/20 de 2019 fechou a US$ 3,74 1/2 por bushel, ganho de 7,25 centavos de dólar, ou 1,97%, em relação ao fechamento anterior.

Câmbio

    O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com baixa 0,04%, sendo negociado a R$ 4,0970 para venda e a R$ 4,0950 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,0890 e a máxima de R$ 4,1310.