Milho sobe no Brasil com alta em Chicago e no dólar

   Porto Alegre, 30 de junho de 2020 – O mercado brasileiro de milho registrou preços de estáveis a mais altos nesta terça-feira. As cotações foram bem sustentadas e subiram nos portos diante da valorização do milho forte na Bolsa de Chicago e o comportamento firme do dólar. As cotações ao produtor no mercado disponível também avançaram em muitas praças.

    No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 52,00 e R$ 53,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço entre R$ 51,50 e R$ 52,50 a saca.

   No Paraná, a cotação ficou em R$ 45,00/46,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 47,00/50,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 51,00/53,00 a saca.

    No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 50,00/52,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 47,00/49,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 41,00 – R$ 42,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 35,00/37,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

   A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços acentuadamente mais altos. O mercado disparou após a divulgação do relatório de plantio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que estimou números inferiores ao esperado.

    Em junho, a posição setembro subiu 3,48%. No trimestre, os contratos acumularam queda de 0,66%. No semestre, os preços caíram 12,7%.

   A área plantada com milho nos Estados Unidos em 2020 deverá totalizar 92 milhões de acres. Se confirmada, a área ficará 3% acima do total cultivado no ano passado. O número ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de 95,2 milhões de acres. O número também veio abaixo da área indicada no relatório de intenção de plantio, divulgado em março, que era de 97 milhões de acres. Na comparação com o ano passado, a área cresceu ou ficou inalterado em 28 dos 48 estados produtores.

   Os estoques trimestrais de milho dos Estados Unidos, na posição 1o de junho, totalizaram 5,22 bilhões de bushels. O volume estocado subiu 1% na comparação com igual período de 2019. O número ficou acima da expectativa do mercado, de 4,99 bilhões de bushels. Do total, 3,03 bilhões de bushels estão armazenados com os produtores, com ganho de 3%. Os estoques fora das fazendas somam 2,2 bilhão de bushels, com baixa de 2%.

    Os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 3,41 1/4, com alta de 12,75 centavos, ou 3,87%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro fechou a sessão a US$ 3,50 1/2 por bushel, ganho de 15,75 centavos de dólar, ou 4,7%, em relação ao fechamento anterior.

Câmbio

    O dólar comercial fechou em alta de 0,22% no mercado à vista, cotado a R$5,4360 para venda, em sessão volátil em meio à formação de preço da taxa Ptax de fim de mês, na primeira parte dos negócios, em ajustes no último pregão do semestre e com o exterior reagindo as declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre a recuperação da economia no país.

  Com isso, a moeda fecha o mês em alta de 1,85%, enquanto no trimestre, se valorizou em 4,5%, engatando o segundo trimestre de alta. No acumulado de seis meses, a moeda teve forte valorização de 35,5%, com o real tendo um dos piores desempenhos entre as moedas globais no ano.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) – Agência SAFRAS