Milho segue apresentando maior oferta e preços fracos no Brasil

Porto Alegre, 18 de setembro de 2018 – O mercado brasileiro de milho teve
uma terça-feira de preços fracos. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado,
Fernando Henrique Iglesias, o mercado brasileiro de milho vem se deparando com
uma maior fixação de oferta. Com necessidade de caixa, os produtores buscam
quitar algumas dívidas e financiar uma parcela da produção do próximo ano, e
acabam ofertando mais milho no mercado.

Nos portos de Paranaguá e Santos, a cotação ficou em R$ 39,50/40,00 a
saca na base de compra.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 36,00/36,50 a saca em Cascavel. Em São
Paulo, o preço esteve em R$ 38,00 / 39,00 a saca na Mogiana. Em Campinas
CIF, preço de R$ 40,50 – R$ 41,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 42,50/43,50 a saca em Erechim. Em
Minas Gerais, preço em R$ 36,00 – R$ 37,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás,
preço esteve em R$ 31,00/32,00 em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço ficou
entre R$ 28,00/29,50 a saca em Rondonópolis.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços
mais baixas. Os contratos foram pressionados pela intensificação da guerra
comercial entre China e Estados Unidos e pela boa evolução da colheita nos
Estados Unidos.

A administração de Donald Trump anunciou, na noite de ontem (17), que vai
impor tarifas sobre cerca de US$ 200 bilhões em produtos chineses como parte
de sua campanha para pressionar Pequim a mudar suas práticas comerciais,
aumentando as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

A sobretaxa de 10% sobre as importações chinesas entrará em vigor no
próximo dia 24 e subirá para 25% no final do ano, segundo funcionários do
governo.

Em resposta, a China anunciou tarifas comerciais que variam de 5% a 10%
contra um total de US$ 60 bilhões em importações dos Estados Unidos. As novas
tarifas chinesas entrarão em vigor no dia 24 de setembro, mesma data de
aplicação das taxas norte-americanas, e devem impactar 5.207 tipos de
produtos.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório
sobre a evolução da colheita das lavouras de milho. Até 16 de setembro, a
área colhida estava em 9%. Em igual período do ano passado o número era de
7%. A média para os últimos cinco anos é de 6%. Na semana anterior, o
percentual era de 5 pontos.

Os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 3,43 1/4,
recuo de 4,75 centavos de dólar, ou 1,36%, em relação ao fechamento anterior.
A posição março de 2019 fechou a US$ 3,55 1/2 por bushel, baixa de 4,50
centavos de dólar, ou 1,25%, em relação ao fechamento anterior.

Câmbio

O dólar comercial fechou a negociação em alta de 0,46%, cotado a R$
4,1430 para compra e a R$ 4,1450 para venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,1210 e a máxima de R$ 4,1510.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS