MILHO: Rabobank destaca atenções para paridade de exportação

Porto Alegre, 14 de junho de 2018 – Acompanhe abaixo o relatório
trimestral do Rabobank para o milho:

“De olho na paridade de exportação

A colheita do milho safrinha começa a se intensificar ao longo do mês de
junho pelo país. Seguindo os padrões históricos de precipitações, em maio,
o volume de chuvas reduziu significativamente em boa parte das regiões
produtoras, impactando principalmente as lavouras semeadas fora da janela ideal
de cultivo.

Assim, como já projetado no último AgroInfo (março/18), o Rabobank
mantém a estimativa de produção do milho safrinha em 60,5 milhões de
toneladas no Brasil em 2018, 10% inferior ao verificado no ano passado. Dessa
forma, a safra total (verão + safrinha) no Brasil deve atingir 85,5 milhões de
toneladas no ciclo 2017/18, 13% abaixo do volume produzido na temporada
2016/17.

Em relação aos preços do cereal no mercado interno, observou-se que a
cotação dos contratos futuros de setembro/18 na BM&F/B3 saltou de um patamar
próximo à R$ 35,00/saca (60 kg) em meados de abril para valores ao redor de
R$ 40,00/saca em maio/início de junho. O Rabobank observou que essa
valorizaçãodo milho esteve atrelada ao movimento da paridade de exportação,
que considera cotações em Chicago, prêmio de exportação e taxa de câmbio.

Diferentemente do que ocorreu na safra 2015/16, quando a forte quebra de
produção no Brasil fez com que os preços do milho na BM&F/B3 ficassem
significativamente acima de Chicago, o movimento observado recentemente nas
cotações internas tem acompanhado o mercado internacional. Nesse sentido, a
alta da taxa de câmbio de R$ 3,40 para próximo de R$ 3,80 nos últimos 2 meses
certamente foi um dos fatores que justificou a valorização do milho no país.

Pontos de Atenção

– Problemas enfrentados pelo setor de proteína animal, decorrentes de embargos
internacionais que podem afetar as exportações e impactos na produção devido
à greve dos caminhoneiros, limitarão o crescimento do consumo doméstico de
milho em 2018.

– As exportações, por outro lado, podem crescer e atingir 32 milhões de
toneladas em 2018. Nesse caso, movimentos em Chicago e da taxa de câmbio
devem seguir influenciando os preços do milho no mercado nacional.”

Edição: Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS