Porto Alegre, 15 de maio de 2020 – Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da SAFRAS Consultoria, Paulo Molinari.
– USDA projeta safra recorde nos EUA para 406 milhões de toneladas, uma recuperação da demanda em 25 milhões de toneladas e um estoque recorde de 84 milhões para a safra nova
– Somente uma variável de clima poderia redefinir este quadro para preços nos próximos 90 dias na CBOT
– Argentina com a metade da safra colhida e avançando forte nas exportações
– Petróleo em leve recuperação, mas ajudando a conter as pressões nas indústrias de etanol dos EUA
– Reativação da economia nos EUA continua sendo a chave para os mercados
– Europa reabrindo em vários pontos e até com certo otimismo para a demanda
– Chuvas atingem o Paraguai, Paraná e Mato Grosso do Sul na semana e colaboram para cessar as perdas na safrinha estas localidades
– Contudo, Londrina e São Paulo receberam chuvas discretas e podem acelerar perdas ainda
– Risco continua sendo geadas em maio e junho nas localidades do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraguai
– Câmbio fortemente desvalorizado ajusta preços a R$ 50/51 nos portos e pode sugerir um melhor avanço nas exportações
– Por enquanto, o Brasil ainda precisa se esforçar para competir com EUA e Argentina na exportação de milho para ultrapassar 30 milhões de toneladas neste ano
– Sem fortes vendas pelos produtores, as exportações não avançarão da forma necessária já que somente o câmbio não garante fluxo de embarques
– Demanda global podendo se recompor no segundo semestre podem ajudar as vendas do Brasil
– Sem grandes alterações na demanda interna brasileira até o momento, mas coma entrada da safrinha o foco é o preço de porto.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS