MERCADO:Milho mantém estabilidade, apesar do avanço da colheita da safrinha

Porto Alegre, 12 de julho de 2018 – O mercado brasileiro de milho teve
uma quinta-feira de preços estáveis. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado,
Paulo Molinari, o mercado manteve a estabilidade apesar do avanço da colheita
da safrinha. Destaca que os produtores do Paraná, Mato Grosso do Sul e São
Paulo vão avaliando as colheitas com produtividades baixas e a pressão de
venda não parece tão forte como se esperava, devido às quebras.

Nos portos de Santos e Paranaguá, o preço ficou entre R$ 38,50/39,00 a
saca de 60 quilos.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 33,00/35,00 a saca em Cascavel. Em São
Paulo, o preço esteve em R$ 34,00/35,00 a saca na Mogiana. Em Campinas CIF,
preço de R$ 38,50/39,00.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 39,00/40,00 em Erechim. Em Minas
Gerais, preço em R$ 33,00/35,00 em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$
27,00 em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço ficou entre R$ 18,00/25,00 a saca.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços
acentuadamente mais altos. O mercado repercutiu o relatório de oferta e demanda
de julho divulgado hoje pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Para a safra 2018/19, o USDA previu que os Estados Unidos deverão colher
14,230 bilhões de bushels, volume acima dos 14,040 bilhões de bushels
indicados em junho, mas abaixo dos 14,331 bilhões de bushels esperados pelo
mercado. A produtividade média foi indicada em 174 bushels por acre, mesmo
número indicado no mês passado, enquanto o mercado espera um rendimento
médio de 175,3 bushels por acre.

Os estoques finais de passagem foram estimados em 1,552 bilhão de bushels,
ante os 1,733 bilhão de bushels esperados pelo mercado e abaixo dos 1,577
bilhão de bushels indicados no mês passado. As exportações foram indicadas
em 2,225 bilhões de bushels, ante os 2,100 bilhões previstos no mês passado.
O uso de milho para a produção de etanol foi reduzido de 5,675 bilhões de
bushels para 5,625 bilhões de bushels.

Para a temporada 2017/18, os estoques finais de passagem foram estimados em
2,027 bilhões de bushels, aquém dos 2,102 bilhões de bushels indicados em
junho e abaixo também dos 2,106 bilhões de bushels previstos pelo mercado.

A safra global 2018/19 foi estimada em 1.054,30 milhão de toneladas, acima
das 1.052,42 milhão de toneladas previstas em junho. Os estoques finais da
safra mundial 2018/19 foram projetados em 151,96 milhões de toneladas, aquém
das 154,69 milhões de toneladas apontadas no mês passado e abaixo das 156
milhões de toneladas previstas pelo mercado.

A safra global 2017/18 foi reduzida de 1.034,77 milhão de toneladas para
1,033,74 milhão de toneladas. Os estoques finais da safra mundial 2017/18 foram
projetados em 191,73 milhões de toneladas, aquém das 192,69 milhões de
toneladas indicadas no mês passado e acima das 191,3 milhões de toneladas
previstas pelo mercado.

A estimativa de safra brasileira foi reduzida de 85 milhões de toneladas
para 83,5 milhões de toneladas, enquanto o mercado estimava um corte para 83,1
milhões de toneladas. A produção da Argentina deve atingir 33 milhões de
toneladas, sem alterações frente ao mês passado, mas acima das 32,7 milhões
de toneladas esperadas pelo mercado.

Os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 3,45 3/4,
perda de 5,75 centavos de dólar, ou +1,69% em relação ao fechamento anterior.
A posição dezembro de 2018 fechou a US$ 3,59 1/4 por bushel, alta de 6,00
centavos de dólar, ou +1,69%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

O dólar comercial fechou a negociação com alta de 0,07%, cotado a R$
3,8830 para a compra e a R$ 3,8850 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,8380 e a máxima de R$ 3,9040.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS