MERCADO: Segunda-feira termina com preços mais baixos para milho

    Porto Alegre, 12 de agosto de 2019 – O mercado brasileiro de milho apresentou dois momentos nesta segunda-feira. No primeiro momento, o mercado esteve apreensivo e firme nos preços pela valorização do dólar. Mas, depois a Bolsa de Chicago teve forte desvalorização e as cotações cederam.

   Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, ao final das contas compradores e exportadores se afastaram do mercado e a expectativa agora é para ver se a Bolsa de Chicago apresenta novas perdas nesta terça-feira.

   No Porto de Paranaguá, o preço ficou em R$ 37,00/39,00 a saca. Em Santos, o preço girou em torno de R$ 37,50/40,00 a saca.

   No Paraná, a cotação ficou em R$ 32,00/34,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 34,00/35,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 37,50/38,50 a saca.

    No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 39,00/40,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 33,00/34,50 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 28,00/29,50 a saca em Rio Verde, no disponível. Em Mato Grosso, preço ficou a R$ 28,00/29,00 a saca em Rondonópolis, para o disponível.

Chicago

    A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços acentuadamente mais baixos. O mercado repercutiu o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado hoje. O documento elevou as projeções para a produção norte-americana, bem como para os estoques finais dos Estados Unidos e do mundo, todas acima do esperado pelo mercado.

    Os Estados Unidos deverão colher 13,901 bilhões de bushels do cereal na temporada 2019/20, ante os 13,875 bilhões indicados em junho, enquanto o mercado apostava em um número de 13,164 bilhões de bushels. A produtividade média foi indicada em 169,5 bushels por acre, ante os 166 bushels indicados no mês passado. A área a ser plantada foi estimada em 90,0 milhões de acres (contra 91,7 milhões de acres em julho) e a área a ser colhida em 82,0 milhões de acres (ante 83,6 milhões).

    O USDA prevê que os estoques finais da safra 2019/20 ficarão em 2,181 bilhões de bushels, ante os 2,010 bilhões de bushels apontados em junho, enquanto o mercado esperava um número de 1,603 bilhão de bushels.

    A safra global 2019/20 foi estimada em 1.108,24 milhão de toneladas, contra 1.105,14 milhão de toneladas em julho. Os estoques finais da safra mundial 2019/20 foram projetados em 307,72 milhões de toneladas, contra as 298,92 milhões de toneladas apontadas em julho, enquanto mercado apostava em um número de 290,9 milhões de toneladas.

    Os contratos de milho com entrega em setembro de 2019 fecharam a US$ 3,85 1/4, baixa de 25,00 centavos de dólar, ou 6,09%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro de 2019 fechou a US$ 3,92 3/4 por bushel, recuo de 25,00 centavos de dólar, ou 5,98%, em relação ao fechamento anterior.

Câmbio

    O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 1,11%, sendo negociado a R$ 3,9830 para a compra e a R$ 3,9850 para a venda. Durante o dia, amoeda norte-americana oscilou entre a máxima de R$ 4,0140 e a mínima de R$ 3,9760.

      Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS