MERCADO: Milho teve quinta-feira de negociações pontuais no Brasil

Porto Alegre, 5 de julho de 2018 – O mercado brasileiro de milho volta a
se deparar com volumes pontuais de negócios. Segundo o analista de SAFRAS &
Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a dinâmica de mercado ainda remete ao
foco na colheita do milho safrinha. “Nas regiões afetadas pela estiagem a
produtividade média é baixa, seguindo a expectativa formada. A movimentação
cambial ainda motiva os preços nos portos, com avanços da atuação das
tradings no decorrer da semana, principalmente em Goiás”, comenta.

Nos portos de Santos e Paranaguá, o preço ficou entre R$ 39,00/40,00 a
saca de 60 quilos para entrega na safrinha na base de compra.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 33,00/34,50 a saca em Cascavel. Em São
Paulo, o preço esteve em R$ 35,00/36,00 a saca na Mogiana. Em Campinas CIF,
preço de R$ 37,00/38,00.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 38,50/40,00 em Erechim. Em Minas
Gerais, preço em R$ 34,00/35,00 em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$
26,00/27,00 em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço ficou entre R$ 18,00/24,00 a
saca.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços
mais altos. Em sessão marcada por volatilidade, ora operando no território
positivo, ora no negativo, o cereal manteve os ganhos registrados na abertura
dos negócios.

A previsão de um clima mais quente no cinturão produtor norte-americano
na próxima semana e o indicativo de uma melhora na demanda para o cereal
apareceram como fatores de suporte.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disse que
exportadores privados venderam 137 mil toneladas de trigo para a Coréia do Sul,
para entrega no ano comercial 2018/19, que começa em 1o de setembro.

Por outro lado, as preocupações em torno da guerra comercial entre
Estados Unidos e China, que prometem adotar tarifas extras de importação a
partir de amanhã (6), limitaram a valorização.

A ambição chinesa de usar biocombustíveis em automóveis em escala
nacional até 2020 é motivo de dúvida, por preocupações de que a oferta de
matérias-primas, como milho, seja comprometida pela escalada das disputas
comerciais com os Estados Unidos.

Os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 3,52 /14,
ganho de 0,25 centavo de dólar, ou +0,07% em relação ao fechamento anterior.
A posição dezembro de 2018 fechou a US$ 3,64 1/2 por bushel, alta de 0,25
centavos de dólar, ou +0,06%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

O dólar comercial fechou a negociação com alta de 0,53%, cotado a R$
3,9330 para a compra e a R$ 3,9350 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,8880 e a máxima de R$ 3,9430.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS