MERCADO: Milho registra preços de estáveis a mais baixos com boa oferta

Porto Alegre, 12 de junho de 2018 – O mercado brasileiro de milho
registrou preços de estáveis a mais baixos nesta terça-feira. No mercado
disponível, a oferta de milho tem apresentado bom nível, enquanto os
principais consumidores estão retraídos. As questões envolvendo o frete ainda
dificultam as negociações entre estados. Ainda há muitos questionamentos em
torno do tabelamento. As questões cambiais ainda são determinantes nas
próximas semanas, e a volatilidade deve marcar todo o segundo semestre,
comenta o o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias,

No porto de Santos, o preço ficou entre em R$ 39,50/43,00 a saca de 60
quilos para entrega na safrinha. No porto de Paranaguá, preço de R$ 39,00 a R$
42,00. No Paraná, a cotação ficou em R$ 40,00/40,50 a saca em Cascavel. Em
São Paulo, o preço esteve em R$ 42,00 a saca na Mogiana. Em Campinas CIF,
preço de R$ 42,00/43,00.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 42,50/43,50 em Erechim. Em Minas
Gerais, preço em R$ 38,00/39,00 em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$
33,00/34,00 em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço ficou entre R$ 28,00/29,00 a
saca em Rondonópolis.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços
acentuadamente mais altos. O mercado foi impulsionado pelos números
apresentados há pouco no relatório de oferta e demanda de junho do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Para a safra 2018/19, o USDA previu que os Estados Unidos deverão colher
14,040 bilhões de bushels, mesmo volume indicado em maio, mas abaixo dos
14,072 bilhões de bushels previstos pelo mercado. Os estoques finais de
passagem foram estimados em 1,577 bilhão de bushels, ante os 1,642 bilhão de
bushels esperados pelo mercado e abaixo dos 1,682 bilhão de bushels indicados
no mês passado. Para a temporada 2017/18, os estoques finais de passagem
foram estimados em 2,102 bilhões de bushels, aquém dos 2,182 bilhões de
bushels indicados em maio e abaixo também dos 2,163 bilhões de bushels
previstos pelo mercado.

A safra global 2018/19 foi estimada em 1.052,42 milhão de toneladas,
abaixo das 1.056,07 milhão de toneladas previstas em maio. Os estoques finais
da safra mundial 2018/19 foram projetados em 154,69 milhões de toneladas,
aquém das 159,15 milhões de toneladas apontadas no mês passado e acima das
153,7 milhões de toneladas previstas pelo mercado. Os estoques finais da safra
mundial 2017/18 foram projetados em 192,69 milhões de toneladas, aquém das
194,85 milhões de toneladas indicadas no mês passado e abaixo das 193,4
milhões de toneladas previstas pelo mercado.

A estimativa de safra brasileira foi reduzida de 87 milhões de toneladas
para 85 milhões de toneladas, enquanto o mercado estimava um corte para 84
milhões de toneladas. A produção da Argentina deve atingir 33 milhões de
toneladas, sem alterações frente ao mês passado, mas acima das 32,4 milhões
de toneladas esperadas pelo mercado.

Os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 3,77 1/2, alta de
10,25 centavos de dólar, ou +2,79%, em relação ao fechamento anterior. A
posição setembro de 2018 fechou a US$ 3,86 3/4 por bushel, ganho de 10,50
centavos ou +2,79%.

CÂMBIO

O dólar comercial fechou a negociação com baixa de 0,45%, cotado a R$
3,7090 para a compra e a R$ 3,7110 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,6710 e a máxima de R$ 3,7300.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS