MERCADO: Milho encerra semana com preços firmes no Brasil

Porto Alegre, 08 de novembro de 2018 – O mercado brasileiro de milho
fechou a semana com preços firmes. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado,
Fernando Henrique Iglesias, as negociações ainda ocorrem de maneira
regionalizada em diversos estados. “O comportamento dos produtores mudou
sensivelmente nos últimos dias, reduzindo a intenção de venda. Os
consumidores passam a se deparar com uma posição de menor conforto em seus
estoques, aumentando a avidez de compra”, comenta, o que dá sustentação aos
preços.

Nos portos de Paranaguá e Santos, a cotação ficou em R$ 35,50/36,00 a
saca na base de compra.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 32,00/33,00 a saca em Cascavel. Em São
Paulo, o preço esteve em R$ 34,50 / 35,50 a saca na Mogiana. Em Campinas
CIF, preço de R$ 37,00/38,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 38,50/39,50 a saca em Erechim. Em
Minas Gerais, preço em R$ 33,50 – R$ 34,50 a saca em Uberlândia. Em Goiás,
preço esteve em R$ 27,80/28,50 em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço ficou
entre R$ 25,00/26,00 a saca em Rondonópolis.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços
mais baixos. O mercado digeriu os números do relatório de oferta e demanda de
novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, divulgados ontem.
Na semana, a posição dezembro fechou em baixa de 0,4%.

Na última sessão, os cortes na safra norte-americana sustentaram a
valorização. Hoje, os contratos foram pressionados pela forte elevação na
projeção para as reservas globais do grão, graças ao reajuste nos estoques
chineses.

A safra global 2018/19 foi estimada em 1.098,95 milhão de toneladas, acima
das 1.068,31 milhão de toneladas previstas em outubro. Os estoques finais da
safra mundial 2018/19 foram projetados em 307,51 milhões de toneladas, acima
das 159,35 milhões de toneladas apontadas no mês passado e à frente das 158,6
milhões de toneladas previstas pelo mercado.

A China teve produção estimada em 256 milhões de toneladas, bem acima
das 225 milhões de toneladas indicadas em outubro. Os estoques de passagem
chineses foram indicados em 207,49 milhões de toneladas, superando as 58,5
milhões de toneladas apontadas no mês passado.

Para a safra norte-americana o USDA promoveu cortes, em linha com a
expectativa do mercado. O USDA previu que os Estados Unidos deverão colher
14,626 bilhões de bushels, volume abaixo dos 14,778 bilhões de bushels
indicados em outubro e aquém dos 14,711 bilhões de bushels esperados pelo
mercado. Os estoques finais de passagem foram estimados em 1,736 bilhão de
bushels, ante os 1,781 bilhão de bushels esperados pelo mercado e abaixo dos
1,813 bilhão de bushels indicados no mês passado.

Os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 3,69 3/4,
recuo de 3,75 centavos de dólar, ou 1,00%, em relação ao fechamento anterior.
A posição março de 2019 fechou a US$ 3,81 1/4 por bushel, baixa de 4,00
centavos de dólar, ou 1,03%, em relação ao fechamento anterior.

Câmbio

O dólar comercial fechou a negociação em baixa de 0,05%, cotado a R$
3,7350 para a compra e a R$ 3,7370 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,7330 e a máxima de R$ 3,7770.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS