MERCADO: Milho abre semana mantendo cenário de preços firmes

    Porto Alegre, 09 de março de 2020 – O mercado brasileiro de milho abriu a semana mantendo o cenário de preços firmes, com avanços nas cotações graduais. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado continua com a oferta apertada em relação à demanda, com poucas indicações de venda pelo produtor. E ainda há preocupação com o clima desfavorável no Paraná e Mato Grosso do Sul.

    No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 44,00 e R$ 55,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço entre R$ 43,50 e R$ 53,00 a saca.

   No Paraná, a cotação ficou em R$ 49,00/50,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 54,50/55,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 58,50/60,00 a saca.

    No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 49,00/50,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 53,00/54,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 49,00 – R$ 50,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 45,00/46,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

   A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços mais baixos. A exemplo da maioria das commodities, o cereal foi pressionado pela baixa de 20% nas cotações do petróleo no mercado internacional. As preocupações com o efeito do coronavírus sobre a economia global se renovaram e completaram o cenário negativo.

    As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 826.865 toneladas na semana encerrada no dia 5 de março, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado previa 950 mil toneladas.

   Na semana anterior, haviam atingido 896.221 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 793.570 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de setembro, as inspeções somam 14.947.795 toneladas, contra 26.611.680 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

    No relatório de março do USDA, que será divulgado amanhã, os estoques de passagem da safra 2019/20 dos Estados Unidos devem ser indicados em 1,885 bilhão de bushels, abaixo dos 1,892 bilhão de bushels apontados em fevereiro, segundo adidos e traders consultados por agências internacionais.

    A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2019/20 sejam apontados em 296,8 milhões de toneladas, sem alterações frente ao volume indicado no mês passado.

   Para o Brasil, a expectativa é de que a safra seja indicada em 100,9 milhões de toneladas, aquém das 101 milhões de toneladas previstas em fevereiro. A safra da Argentina deve ser apontada em 50,1 milhões de toneladas, à frente das 50 milhões de toneladas projetadas no relatório do mês passado.

   Os contratos de milho com entrega em maio fecharam a US$ 3,72 3/4, com baixa de 3,25 centavos ou 0,86%. A posição julho de 2019 fechou a US$ 3,75 por bushel, perda de 4,25 centavos ou 1,12% em relação ao fechamento anterior.

Câmbio

   O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 2%, sendo negociado a R$ 4,7270 para venda e a R$ 4,7250 para compra, um novo recorde para o fechamento. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,7100 e a máxima de R$ 4,7940.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) – Agência SAFRAS