MERCADO: Queda do dólar trava soja e preços recuam no Brasil

Porto Alegre, 25 de março de 2019 – Os preços da soja oscilaram entre
estáveis e mais baixos nas principais praças do país nesta segunda-feira. A
queda de mais de 1% no dólar pesou sobre os referenciais e afastou os
negociadores. Ao contrário do final da semana passada, a comercialização
travou. Chicago teve alta moderada, sem impactar no ritmo dos negócios.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 75,00. Na região das
Missões, a cotação estabilizou em R$ 74,50 a saca. No porto de Rio Grande,
preços permaneceram em R$ 79,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço recuou de R$ 74,00 para R$ 73,50. No
porto de Paranaguá (PR), a saca caiu de R$ 79,50 para R$ 79,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca baixou de R$ 70,00 para R$ 69,00. Em Dourados
(MS), a cotação recuou de R$ 71,50 para R$ 70,00. Em Rio Verde (GO), a saca
baixou de R$ 69,50 para R$ 68,50.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais altos. Cobertura de posições
vendidas frente ao relatório de intenção de plantio, possível compra chinesa
de produto americano e excesso de chuvas nos Estados Unidos sustentam
contratos.

Na semana da divulgação do relatório de intenção de plantio do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), um movimento de
cobertura de posições vendidas assegurou a recuperação.

Rumores de que a China acertou uma nova compra de produto americano, às
vésperas da reunião entre representantes dos dois países em Pequim,
contribuiu para a elevação. Além disso, o excesso de chuvas no Meio Oeste
americano continua sendo motivo de preocupação.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 857.970
toneladas na semana encerrada no dia 21 de março, conforme relatório semanal
divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 849.700 toneladas. No
ano passado, em igual período, o total fora de 710.004 toneladas. No acumulado
do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 28.554.596
toneladas, contra 40.940.759 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 2,75
centavos de dólar ou 0,3%, a US$ 9,06 1/2 por bushel. A posição julho teve
cotação de US$ 9,20 por bushel, ganho de 2,75 centavos ou 0,29%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 0,10 ou
0,03%, sendo negociada a US$ 315,10 por tonelada. No óleo, os contratos com
vencimento em maio fecharam a 28,82 centavos de dólar, com ganho de 0,16
centavo ou 0,55%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 1,17%, negociado a R$
3,8550 para a compra e a R$ 3,8570 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a máxima de R$ 3,9380 e a mínima de R$ 3,8560.

Agenda de terça

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga às 9h os
dados sobre o Indice Nacional de Preços ao Consumidor – 15 (IPCA 15)
referentes a março.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS