Dólar bate em R$ 4,50 e movimenta negócios com soja

   Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2020 – O mercado brasileiro de soja teve um dia de preços firmes e melhora na comercialização. O dólar voltou a subir, chegando a atingir R$ 4,50 na máxima do dia. Chicago também registrou preços firmes ao final do dia. Segundo SAFRAS, cerca de 350 mil toneladas trocaram de mãos.

    Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 85,00 para R$ 86,00. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 85,00 para R$ 85,50. No porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 90,00 para R$ 91,00.

    Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 80,50 para R$ 81,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 88,50 para R$ 90,00.

    Em Rondonópolis (MT), a saca seguiu em R$ 79,50. Em Dourados (MS), a cotação avançou de R$ 76,00 para R$ 76,80. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em R$ 78,50.

     Chicago

    Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mistos. As primeiras posições subiram, ainda ancoradas na suspensão do registro de exportação da Argentina.

    Já as mais distantes foram pressionadas pelas preocupações com os efeitos do coronavírus sobre a economia mundial e pelo fraco resultado das exportações semanais norte-americanas.

   As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2019/20, com início em 1 de setembro, ficaram em 339.300 toneladas na semana encerrada em 20 de fevereiro. Representa uma retração de 31% frente à semana anterior e um recuo de 38% ante à média das últimas quatro semanas. O Japão liderou as importações, com 108.200 toneladas.

    Para a temporada 2020/21, são mais 22.100 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 600 mil a 900 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

   Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 3,00 centavos de dólar, ou 0,33%, em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,95 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 9,04  por bushel, perda de 2,00 centavos de dólar, ou 0,22% em relação ao fechamento anterior.

   Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 5,30, ou 1,77%, a US$ 303,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 29,19 centavos de dólar, perda de 0,26 centavo ou 0,88% na comparação com o fechamento anterior.

     Câmbio

   O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,58%, sendo negociado a R$ 4,4770 para venda e a R$ 4,4750 para compra, um novo recorde para um fechamento. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,4500 e a máxima de R$ 4,5020.

     Agenda

– Japão: A taxa de desemprego de janeiro será publicada pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicação.

– Japão: A leitura preliminar da produção industrial de janeiro será publicada pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria.

– Alemanha: A taxa de desemprego de fevereiro será publicada às 6h pela agência federal de emprego.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Dados de colheita da soja no Brasil – SAFRAS & Mercado, na parte da tarde.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS