CÂMBIO:Real segue fortalecido mas Fed incertezas domésticas entram no radar

Porto Alegre, 31 de maio de 2022 – O dólar opera em discreta queda, tentando firmar direção. A reabertura chinesa, que valoriza as commodities, segue fortalecendo o real, mas o mercado começa a demonstrar preocupação com a próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que ocorre junho, e pode dar indícios de uma postura mais hawkish (dura, propensa ao aumento dos juros), assim como ruídos internos que voltam a ganhar força.

  Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelamlack,”seguimos em compasso de espera para a próxima reunião do Fed e mais notícias sobre a China, de onde podem surgir surpresas”.

  Abdelmalack enfatiza que o real, que acumula alta de 15,0% em 2022, tende a sofrer um revés a curto prazo. “Não é impossível que ele quebre a barreira dos R$ 4,70, mas o risco Brasil voltou a ficar mais latente, com as incertezas fiscais e políticas, assim como a aproximação das eleições”, opina.

 Segundo o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “os dados da China acima do esperado deram suporte para o real, além do fechamento da Ptax”.

 A economista e estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, entende que os ativos locais tendem a se beneficiar com a privatização da Eletrobras, que deve acontecer nas próximas semanas, embora a inflação global continue no radar.

 A Federação Chinesa de Logística e Compras (CFLP, da sigla em inglês), divulgou o seu PMI (Purchasing Managers Index, ou índice de gerentes de compras) de maio, que ficou em 49,6 pontos. Em abril, o índice havia registrado 47,4 pontos.

  Há pouco, o dólar comercial caía 0,10%, cotado a R$ 4,7490para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em junho de 2022 recuava 0,57%, cotado a R$ 4.728,50.

    As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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