CÂMBIO: Recuo de abertura na China e temor por inflação global geram dólar volátil

  São Paulo, 9 de junho de 2022 – O dólar opera misto, instável. Notícias de um possível recuo no afrouxamento das restrições em Xangai e Pequim, na China, deixam os mercados em alerta. As tensões globais com o descontrole inflacionário também afetam o câmbio.

  Segundo a agência Reuters, as duas cidades chinesas voltaram a ficar sob alerta com a covid-19 após Xangai anunciar a realização de testes em massa e impor novas restrições, como o fechamento de locais de entretenimento.

  De acordo com o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, o dólar está próximo do zero, e isso demonstra cautela do mercado. Nagem também entende que o discurso de hoje da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, indicou que o aumento dos juros de aproximam.

  Nagem demonstrou preocupação com a questão fiscal: A judicialização da Eletrobras travaria a privatização. O mercado também teme que o (presidente, Jair) Bolsonaro não cumpra um eventual acordo com os governadores.

  Para a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, dois pontos sustentam a volatilidade recente: a pressão internacional negativa, devido às preocupações persistentes com a inflação e medidas dos bancos centrais ao redor do mundo para tentar conter a inflação, e o outro são as ameaças fiscais no Brasil, ainda em torno dos projetos do governo para tentar diminuir o preço dos combustíveis. O mercado parece que está sem saber qual será o real impacto.

  Por volta das 14h25 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,02%, cotado a R$ 4,8900 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de 2022 recuava 0,23%, cotado a R$ 4.920,00.

Paulo Holland / Agência CMA

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