São Paulo, 7 de junho de 2024 – O dólar opera em sólida alta, com direção definida. A moeda segue refletindo o payroll, divulgado nesta manhã.
O relatório de emprego mostrou que foram criadas 272 mil vagas em maio ante projeções de 185 mil, enquanto o salário médio por hora saltou 4,1%, acima das projeções de +3,9%. O desemprego, contudo, ficou levemente abaixo do esperado (4,0% ante expectativas de 3,9%).
O sócio da Pronto! Invest Vanei Nagem, entende que o patamar do dólar, a curto prazo, deve ficar entre R$ 5,25 e R$ 5,30, além de ver que as chances de dois cortes nos juros estadunidenses, em 2024, cada vez menores.
Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, disse que há divergências dentro do relatório de emprego dos Estados Unidos e a probabilidade de cortar juros só em dezembro.
“Há três meses o payroll dá argumentos para os dois lados, criação de empregos favorece a visão que mercado de trabalho está aquecido e que o Fed não vai conseguir cortar [os juros] como o mercado espera, por outro lado a gente olha a taxa de desemprego está em alta, mas o mercado reduziu a probabilidade de mais cortes em 2024. Os salários voltaram a subir e gente tem uma discussão pro Fed hoje que é o quanto o mercado de trabalho contamina o salário e a inflação. Nos últimos meses os salários estavam tranquilos e dessa vez não aconteceu. O que importa mais é o salário. Com este payroll, o Fed só deve cortar no final do ano”. Para o analista da Potenza Capital Bruno Komura, “o número veio bem forte, e mostra o mercado de trabalho aquecido, apesar do desemprego. Isso jogou um balde de água fria”.
Komura, porém, entende que um corte dos juros nos Estados Unidos, em 2024, ainda segue no radar do mercado.
Por volta das 15h58 (horário de Brasília), o dólar operava em alta de 1,02% cotado a R$ 5,3038 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de 2024 avançava 0,83%, cotado a R$ 5,314,00.