São Paulo, 20 de maio de 2022 – O dólar ganhou um discreto fôlego, mas segue em sólida queda, firmando direção. A alta das commodities valoriza o real e outras moedas ligadas à exportação de matéria-prima, enquanto o cenário global se mostra mais propenso ao risco.
De acordo com a economista e estrategista de câmbio do Banco Ourinvst, Cristiane Quartaroli, “hoje estamos com maior apetite ao risco, depois de alguns dias ruins. As commodities continuam favorecendo os países exportadores de matéria-prima, e no caso brasileiro a privatização da Eletrobras é vista como algo positivo”.
Quartaroli, no entanto, vê a bonança com os dias contados: “A aproximação das eleições e a parte fiscal com o governo oferecendo reajustes a várias categorias preocupa”, ressalta.
Para o economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti, “quando as notícias boas da China chegam, as emergentes ligadas às commodities, como o real, são favorecidas. Com os estímulos, as importações devem aumentar por lá”.
Beyruti entende, contundo, que o momento não é de euforia, mas de cautela: “A tendência ainda é mais negativa, com problemas no crescimento global e a pressão inflacionária que não mostra nenhum arrefecimento”, analisa. Por volta das 14h25 (horário de Brasília), o dólar comercial caía 0,63%, cotado a R$ 4,8860 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em junho de 2022 recuava 1,03%, cotado a R$ 4.898,50.
Paulo Holland / Agência CMA
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