SEMANA: Preço do frango sobe, mas custo de produção segue preocupando

Porto Alegre, 6 de setembro de 2018 – O mercado brasileiro de frango
registrou uma semana um pouco mais movimentada nos negócios e os preços do
frango vivo esboçaram uma leve reação em algumas praças. Segundo o analista
de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, no atacado, as cotações também
apresentaram avanços para alguns cortes, impulsionados pela demanda mais
firme durante a primeira quinzena do mês.

Iglesias afirma que o alto custo de produção ainda é uma preocupação
recorrente, avaliando o descolamento dos preços de importantes insumos
adotados na nutrição animal, como o milho e farelo de soja, o que tem
deteriorado a margem operacional da atividade e trazendo, até aqui, prejuízos
bastante severos.

De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo,
os preços tiveram mudanças para os cortes congelados na comparação com os
registrados no final da semana passada. O quilo do peito no atacado passou de
R$ 4,50 para R$ 4,35, o quilo da coxa avançou de R$ 3,90 para R$ 4,00 e o
quilo da asa de R$ 6,55 para R$ 6,65. Na distribuição, o quilo do peito caiu de
R$ 4,70 para R$ 4,50, o quilo da coxa passou de R$ 4,20 para R$ 4,25 e o quilo
da asa de R$ 6,65 para R$ 6,75.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi mudanças
nos preços em relação à última semana. No atacado, o preço do quilo do
peito caiu de R$ 4,62 para R$ 4,47, o quilo da coxa subiu de R$ 4,00 para R$
4,10 e o quilo da asa passou de R$ 6,65 para R$ 6,75. Na distribuição, o
preço do quilo do peito caiu de R$ 4,82 para R$ 4,62, o quilo da coxa subiu de
R$ 4,30 para R$ 4,35 e o quilo da asa passou de R$ 6,75 para R$ 6,85.

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os
produtos, entre in natura e processados) totalizaram 396,9 mil toneladas em
agosto, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

O volume é cerca de 59,8 mil toneladas acima da média de exportações
registrada em 2018. Na comparação com o ano anterior, o número é 4,6% menor
que as 416,2 mil toneladas embarcadas em agosto de 2017 – melhor
desempenho mensal do setor em todo o ano passado. A receita de exportações
obtidas em agosto totalizou US$ 633,8 milhões, saldo 7,9% inferior às US$ 687,9
milhões realizadas no oitavo mês de 2017.

No acumulado do ano de 2018, as vendas do setor chegam a 2,697 milhões de
toneladas, volume 7,7% menor que as 2,921 mil toneladas embarcadas entre
janeiro e agosto de 2017. Em receita, o saldo chega a US$ 4,309 bilhões,
desempenho 11,8% inferior que os US$ 4,885 bilhões.

O levantamento realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de
comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo continuou
em R$ 3,05. Em São Paulo o quilo vivo passou de R$ 3,00 para R$ 3,10.

Na integração catarinense a cotação do frango subiu de R$ 2,85 para R$
2,90. No oeste do Paraná o preço passou de R$ 2,80 para R$ 2,85 na
integração. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$
2,90 para R$ 2,95.

No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango permaneceu em R$
2,95. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 3,00. No Distrito Federal o quilo
vivo seguiu em R$ 3,05.

Em Pernambuco, o quilo vivo foi mantido em R$ 3,80. No Ceará a cotação
do quilo vivo seguiu em R$ 3,80 e, no Pará, o quilo vivo permaneceu em R$ 4,00.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS